sexta-feira, 23 de maio de 2008

Restrição das propagandas de cerveja

Desceu quadrado
artigo - Roberto Pompeu de Toledo
Veja num. 2060

A decisão do Congresso de protelar a restrição aos anúncios de cerveja na TV é uma vitória do atraso
No projeto do governo que pretende restringir a publicidade de cerveja na televisão embutia-se um confronto entre o progresso e o atraso, a civilização e a barbárie, o interesse público e os interesses privados. Encaminhado ao Congresso em regime de urgência, estava na semana passada na iminência de ser posto em votação quando um acordo entre as lideranças partidárias, ao retirar-lhe a urgência, remeteu-o para as calendas gregas. Venceram o atraso, a barbárie e os interesses privados. Nos vídeos brasileiros a cerveja continuará jorrando, generosa e farta, em mensagens que identificam seu consumo à alegria, à jovialidade, ao sucesso, à beleza e às mulheres de biquíni.
O projeto visava a corrigir uma anomalia criada pela lei de 1996 que proibiu o anúncio de bebidas alcoólicas antes das 21 horas. A cerveja ficara de fora sob a justificativa de ter teor alcoólico menor. Não é preciso ser um profissional da saúde para concluir que o que importa não é o teor alcoólico, mas a quantidade de bebida ingerida. Falou mais forte, no entanto, o lobby da cerveja, representado pela coligação que reúne fabricantes, agências de publicidade e emissoras de televisão. Essa mesma coligação venceu outra vez na semana passada. Num Congresso coalhado de proprietários de emissoras de TV (eta, Brasil!), encontrou amparo amigo em deputados como o líder do PMDB, Henrique Alves (de uma família dona de concessões no Rio Grande do Norte), e Antonio Carlos Magalhães Neto (idem na Bahia)...


Realmente o argumento utilizado para que não fosse proibido as propagandas de cerveja é equivocado, não vai ser pelo teor alcoolico da bebida que irá provocar mais acidentes, mas sim a imprudênica de quem não sabe beber.
Os brasileiros tem uma visão estrapolada sobre cerveja, não tem nem um pingo de prudência para beber, isso é uma questão de cultura!
Óbvio que certas "propagandas" nada criativas, onde aparecem um homem rodeado de um monte de mulher de bíquini incentivam eles a beberem todas, achando que vão conseguir alguma um monte de mulher em volta!
Eu digo sim a propaganda de cerveja criativa, frizando sempre a prudência ao beber!


Sarah Sader

3 comentários:

Comunicação Nativa disse...

Na minha opinião restringir as propagandas não irá diminuir ou mesmo mudar em nada,porque as propqgandas tem o dever de divulgar a marca,agora o consumo vem da consciencia de cada um.

Gabriela Cristina

Comunicação Nativa disse...

A questão do lado negativo da cerveja não é culpa de suas propagandas e sim de quem não conhece seus próprios limites. Não concordo de forma alguma com esta restrição e acho que quando se fala que a culpa é da bebida estão na verdade é procurando encontrar alguém em quem colocar a culpa, por atos que não se tem CORAGEM de assumir que fizeram e eram.

Gabriela Diniz

Comunicação Nativa disse...

As propagandas de cerveja,extremamente apelativas e relacionadas com o êxito com as mulheres,ou o êxito social,contribuem sim para o aumento do consumo.Mas passa do limite,quem não tem consciência.
O argumentado dado,para que as propagandas não fossem proibidas,é totalmente inconsistente!O teor alcóolico não inflencia,como eu disse,é questão de consciência e limite!
Ana Carolina
24/05/2008